Capitalismo e a economia solidária

Marcos Machado 20/08/2019 0

* Rosalvi Monteagudo

Precisamos mexer nesta ditadura do capital e preocuparmo-nos com a organização socioeconômica, uma vez que sem andar para frente o PIB, a arrecadação do capital sofre baques, o desemprego eas dividas aumentam. O capitalismo administra o capital e desintegra o social.

A economia mundial depende do crescimento econômico. É preciso mudar e organizar o capital para beneficio social. Há necessidade de uma revisão do cooperativismo para criar uma economia que gere sobras e/ou lucro para estabelecer as bases socioeconômicas. O capitalismo influencia no mundo todo e quando a economia global não vai bem todos os países são afetados, pois têm dependência no crescimento econômico.

O capitalismo se baseia, em bens privados fundamentado no direito de livre comércio.   O sistema social se organiza pelo capital, através das empresas privadas em que o empregador contrata a mão  de obra para gerar lucro pela mais valia.

O capitalismo é um sistema econômico que se baseia na propriedade privada tendo como base a produção, com fins lucrativos. O lucro é o principal objetivo do capitalismo. O capital que tem como função o lucro,  desestrutura o social. A economia solidaria pode ser uma solução para acabar com o domínio do capitalismo e organiza-lo em cooperação econômica pelo trabalho e pelo capital particular do cooperador/dono. O que deve globalizar é o desenvolvimento humano, ou melhor, o capital humano e o combate ao lucro excessivo. Precisamos mexer no desenvolvimento do homem e no lucro demasiado do capitalismo.

Atualmente, muitos desempregados estão constituindo sua pequena empresa que tem a comercialização como meio de obter capital suficiente para a sua sobrevivência, enquanto na economia solidaria tem como sugestão as empresas afins que devem se reunir e compartilhar em equidade o capital, pois transforma todos em cooperadores/donos e usuários do capital.

O grande problema da globalização no capitalismo é que com um crescimento fraco afetam todos os países, principalmente os subdesenvolvidos que têm a dependência no capital muito forte. No momento temos problemas no globo como o comercial entre o EUA e a China, a saída do Reino Unido da União Européia, as crises na Itália e em Hong Kong.

Além da crise da vizinha Argentina pelo possível retorno do populismo dos Kirchneristas que podem criar problemas para o Brasil e o Mercosul. Isto afeta no globo o capitalismo que prejudicam as bolsas que ficam caindo e o dólar subindo, provocando uma desaceleração global.

O protecionismo precisa acabar. O mundo cada vez mais depende do capital. Isto tem que mudar, precisamos nos apoiar numa economia criativa ou  na economia solidária para buscar uma solução socioeconômica. O capital deve organizar a geração de trabalho em cooperação econômica e compartilha dos recursos econômicos financeiros, para gerar sobras e/ou lucros.

O capital manda no mundo e não há uma preocupação social. É preciso mudar. O capital tem um poder colossal no consumo que é a base para gerar lucro que depende do consumidor. É indispensável organizar a base e estudar suas reais necessidades para socializar o consumo e gerar trabalho em cooperação econômica.

A competição é entre as empresas gigantes ou multiempresas transnacionais que precisam ser modificadas, através de empresas que devem se organizar de baixo para cima e não o contrário.

Precisamos mexer no lucro para compartilhar em equidade entre todos os cooperadores que são donos de sua empresa e usuários do capital. O lucro será para favorecer o social, pois não há social organizado sem capital. O lucro serve de base para haver o retorno socioeconômico e distribuição de renda.

Portanto, a guisa de esclarecimento, a economia solidária novas regras é uma organização socioeconômica que se baseia na revisão da doutrina  da cooperação, através de novas regras aos seus universais princípios cooperativistas que  se organiza pelo capital particular dos cooperadores/donos em cooperação econômica e regulamenta o mercado de trabalho e o mercado financeiro.

* Rosalvi Monteagudo é contista, pesquisadora, professora, bibliotecária, assistente agropecuária, funcionária pública aposentada e articulista na internet.

F&M Procultura

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